Olhares que me encaravam de frente e que me tornavam desnuda
Olhares insuportáveis que expressavam a vontade de ser o outro
Acendo um cigarro, tomo um gole de cerveja e tento na distração do meu ser esquecer tais olhares.
Porque me importunam, o que querem de mim?
Eu que só quero deixar os meus pensamentos vagarem em meio aquela paisagem incessante com o céu estrelado, a água corrente, a lua, o balanço das folhagens.
Nesse mundo com tantas coisas a serem observadas porque o observado sou eu . Eu que só quero no meu canto admirar o encanto dos seres ao meu redor .
Encontro o desencanto do ser que deveria ser tão precioso quantos os outros.
O ser humano que na cegueira da inveja torna imperceptível pormenores daquele dia fugidio.
Os olhares que me desnudam me tornam mudo diante deste mundo.
Não tendo olhos bastantes a contemplarem, esses olhos se perdem na insensatez da mediocridade humana.
Autoria própria.
Um comentário:
nossa!
me vi neste poema!
parábens!
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