"Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos, só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras, A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte."
Pelo que lembro, a ultima vez que senti tal nó nagarganta com o primeiro parágrafo de um livro foi com "'Agua-viva", da Clarice. Vai ser uma grande jornada esse "Terra Sonâmbula", do Mia Couto.
domingo, 25 de abril de 2010
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